Artrite Reumatoide

A Artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.
Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. Sabe-se que o tabagismo favorece um curso mais grave da doença. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos, acomete número menor de articulações e provoca menos alterações no exame de sangue.
Sintomas
No início, os sintomas podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença.
Diagnóstico
O diagnóstico leva em conta os sintomas, o resultado de exames laboratoriais (VHS, proteína C reativa e fator reumatoide) e por imagem (raios X, ressonância magnética, ultrassonografia articular).
Em 2010 os órgãos internacionais ACR e EULAR, definiram critérios diagnósticos que atualizam e visam a aumentar a sensibilidade dos critérios anteriores, para diagnóstico da Artrite Reumatoide. Estes critérios estão disponíveis no link: http://drandreluquini.blogspot.com.br/search/label/ARTRITE%20REUMATOIDE
Tratamento
Quanto mais cedo for diagnosticada a doença e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possivel obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades.
Repouso só deve ser indicado em quadros muito dolorosos e por pouco tempo. Atividade física e fisioterapia são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade.
O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), corticosteróides e outras drogas, como o sulfato de hidroxicloroquina, o metrotrexate, o leflunomide e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desevolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas, como o adalimumabe, etanercepte, rituximabe, golimumabe e certolizumabe, só para citar alguns nomes.
A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios avançados da doença.